Ele cumpriu exatamente o que havia prometido – não aos outros, mas a si mesmo. Discreto, Sérgio Sasaki chegou a Londres ofuscado pelos companheiros de equipe Diego Hypolito, que caiu e foi eliminado no solo, e Arthur Zanetti, que ainda vai disputar a final das argolas. O jovem atleta, porém, fez história. Já tinha sido o primeiro ginasta brasileiro a se classificar para a final do individual geral e, nesta quarta-feira, na Arena de North Greenwich, encerrou a sua primeira participação olímpica em 10º lugar.

– A meta era ficar entre os 10 primeiros. Isso era o mais importante. Saí com o que a gente programou. Claro que eu não ia prometer que ia ficar entre os três melhores do mundo porque não ia. É muito difícil ainda, mas eu estou trabalhando para isso. A gente não pode deixar de acreditar nunca. Eu estou muito feliz com esse resultado, que é inédito, mas a gente quer medalha, sempre. Não vou ser hipócrita e falar que eu não quero medalha. No último segundo do último aparelho eu pensava que queria a medalha, que eu não ia desistir disso, mas eu não posso dar um pulo maior do que a perna.

Sérgio Sasaki disputou provas nos seis aparelhos: salto, solo, cavalo, argolas, barras assimétricas e paralelas. Foi bem no salto, com a quinta melhor nota, mas decepcionou no solo, sua outra especialidade, ficando com 17ª posição. Uma lesão no pé não tirou suas esperanças, mas o fez simplificar a série.

– Desde o ano passado, eu briguei com uma lesão no meu pé, sem saber se iam me trazer para cá, sem saber se eu estaria inteiro para as Olimpíadas, mas sempre acreditei que eu viria e que eu viria bem. A minha série não era essa. Eu operei há quatro meses, então tive que simplificar muito. Por isso acabou ficando abaixo do que é. G1