:: 10/dez/2024 . 11:20
Conquista: Carro despenca de estacionamento do Atakarejo e atinge três outros veículos
Na manhã desta terça-feira (10), um acidente ocorreu no estacionamento suspenso do Atakarejo, localizado entre as avenidas Olívia Flores e Rosa Cruz, em Vitória da Conquista. Um veículo perdeu o controle, despencou da estrutura superior e acabou atingindo três outros carros que estavam estacionados na parte de baixo. A mulher estava conduzindo o carro no momento do acidente.
Após atingir os outros veículos, o carro ficou tombado na lateral. A ocorrência causou um susto e reuniu pessoas ao redor, que se colocaram à disposição para auxiliar. O Samu 192 foi acionado para prestar atendimento, além da 77ª CIPM da Polícia Militar. Ainda não há informações precisas sobre o estado de saúde da condutora do veículo. Socorristas do Samu a atenderam e ela saiu imobilizada do local. BlogSena.
Grupo é investigado por desviar R$ 1,4 bilhão de recursos públicos; PF faz buscas na Bahia
A Polícia Federal, o Ministério Público Federal (MPF), a Receita Federal do Brasil e a Controladoria-Geral da União deflagraram nesta terça-feira (10) a “Operação Overclean”, com o objetivo desarticular organização criminosa suspeita de atuar em fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro. A organização criminosa é suspeita de ter movimentado cerca de R$ 1,4 bilhão, incluindo R$ 825 milhões em contratos firmados com órgãos públicos apenas em 2024.
A PF também está em Itapetinga, na manhã desta terça, mas não há informações sobre uma possível ligação com esta operação. O que se sabe é que os agentes, desde cedo na cidade, cumpriram mandados em uma residência de alto padrão, no centro da cidade. Para ter acesso ao imóvel, que estava ocupada por pessoas, os federais foram forçados a arrombar uma das portas.
Segundo a Polícia Federal, estão sendo cumpridos 17 mandados de prisão preventiva, 43 mandados de busca e apreensão, além de ordens de sequestro de bens, na Bahia, Tocantins, São Paulo, Minas Gerais e Goiás.
A PF informou que foi determinado o sequestro de R$ 162.379.373,30, referentes ao valor obtido pela organização criminosa por meio dos crimes investigados, três aeronaves, imóveis de alto padrão (casas, lotes e apartamentos), três barcos e dezenas veículos de luxo. Também foi ordenado o afastamento de oito servidores públicos.
As investigações, que contaram com cooperação policial internacional por intermédio da Agência Americana de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations – HSI), apontam que:
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a organização criminosa teria direcionado recursos públicos de emendas parlamentares e convênios, por meio de superfaturamento em obras e desvio de recursos, para empresas e indivíduos ligados a administrações municipais.
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o esquema ilícito teria atingido diretamente o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), principalmente na Coordenadoria Estadual da Bahia (CEST- BA), além de outros órgãos públicos.
Os crimes apurados incluem corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos e lavagem de dinheiro.
Modus operandi
As investigações apontaram que a organização criminosa usava um esquema estruturado para direcionar recursos públicos provenientes de emendas parlamentares e convênios para empresas e indivíduos ligados a administrações municipais.
As investigações ainda constataram a prática de superfaturamento em obras e desvios de recursos com o apoio de interlocutores que facilitavam a liberação de verbas destinadas a projetos previamente selecionados pela ORCRIM.
O grupo atuava por meio de operadores centrais e regionais, que cooptavam servidores públicos para obter vantagens indevidas, tanto no direcionamento quanto na execução de contratos. Após garantir a celebração dos contratos fraudulentos, as empresas envolvidas superfaturavam valores e aplicavam sobrepreços. Os pagamentos de propinas eram realizados por meio de empresas de fachada ou métodos que dificultavam a identificação da origem dos valores.
A lavagem de dinheiro era realizada de forma altamente sofisticada, incluindo o uso de: empresas de fachada controladas por “laranjas”, que movimentavam os recursos ilícitos; empresas com grande fluxo financeiro em espécie, utilizadas para dissimular a origem dos valores desviados.
Relatórios elaborados pela Receita Federal, em cumprimento à ordem judicial, apontaram inconsistências fiscais, movimentações financeiras incompatíveis, omissão de receitas, utilização de interpostas pessoas e indícios de variação patrimonial a descoberto.
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