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A defesa do professor de futebol denunciado à Polícia Civil da Bahia pela suspeita de ter estuprado, na semana passada, dois adolescentes em Muritiba, no Recôncavo Baiano, disse que as relações sexuais foram consensuais. A Delegacia de Polícia iniciou as investigações nesta segunda-feira (30). De acordo com a defesa do suspeito, depois de ter feito sexo com os adolescentes, os meninos solicitaram ao professor que os encaminhassem para o time de base.

No entanto, ele informou aos adolescentes que eles não estavam no nível necessário. Com isso, conforme a defesa do professor, os adolescentes teriam se revoltado e contado aos pais que houve um estupro. A defesa também negou que o técnico estava armado e não disse se ele vai se apresentar à Polícia. O caso ocorreu em 22 de janeiro, após centenas de adolescentes participarem de uma seletiva em Feira de Santana. Entre os participantes, 35 foram levados a um alojamento em Muritiba, onde disputariam um Campeonato. Alguns pais chegaram a ir até o local para conferir as instalações. Na quinta-feira (26), um dos adolescentes, que não teve idade divulgada, entrou em contato com o pai, e pediu para que ele fosse buscá-lo, porque o professor seria pedófilo. Em seguida, o adolescente foi interceptado pelo professor, que viu o conteúdo da mensagem.

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O garoto relatou à Polícia ter sido trancado pelo homem em uma sala e obrigado a gravar um vídeo dizendo que tudo não passava de uma brincadeira. Essa filmagem foi encaminhada ao pai dele. O adolescente afirmou que, na sala, foi estuprado pelo homem e que, depois, o menino conseguiu fugir do alojamento e parou em uma praça. Lá, ele foi encontrado por outro professor e relatou toda a situação. Este segundo professor levou o adolescente até uma Delegacia e registrou a ocorrência. “Depois que ele [o professor denunciado] cometeu o abuso, meu filho conseguiu correr para fora do alojamento, e se deslocou para uma praça lá, chorando muito. Outro professor que estava lá, que inclusive foi o que prestou a queixa junto com outro rapaz, acionou o Conselho Tutelar, que imediatamente foi na Delegacia de Muritiba”, explicou o pai do adolescente, que também esteve na Delegacia. Blog do Anderson.