PROFESSOR E AS DIVERSAS IDENTIDADES
“Por Marônio Cedro Mira”
Nos Brasis de décadas e de hoje é possível, de modo paralelo, um “ser inexistente” passar a ter um registro de nascimento, RG, CPF e encerrar os seus ciclos com o atestado de óbito. Parece um paradoxo, mas o sujeito deixa de ser sem nunca ter existido de corpo e alma…
Guardada as devidas proporções, isso também, de modo parcial, acontece com uma parcela significativa de professores. São pessoas que são diplomadas em graduações e pós-graduações sem nunca terem feito desde um “simples” trabalho até os “milagrosos” TCCs. Vale frisar que isso não foi e nem é uma exceção da docência, pois tal fato “rotineiro” perpassa por outros cursos. Infelizmente, muitos sistemas profissionais, bem como para uma infinidade de pessoas a “moldura” da titulação é o mais relevante.
Percebe-se também que na democracia ainda “adolescente” vive-se, na maior parte, o “clientelismo apartidário”, perdurando indicações que passam pelo fisiologismo político-partidário. Assim, os loteamentos dos cargos deixaram e deixam a probidade da coisa pública de modo colateral ou amputada.
Correlacionado com o que fora elencado, na educação não é diferente. Em várias situações, indicam-se para a investidura da docência pessoas que não têm a menor base sistêmica do que vem a ser um processo didático-pedagógico. Dessa forma, observa-se que, em diversos casos, estar professor perpassa pela finalidade meramente imediatista do clientelismo.
Visualiza-se, nos Brasis de ontem e de hoje, que havia e há os extremismos das nocividades vivenciados por pessoas na esfera pública. Ancorado nisso, pode-se dizer que para os oposicionistas quanto pior, melhor. Ao mesmo tempo, situacionistas, por estarem no poder, fundem o público com o privado. Isso ora exposto, sem sombra de dúvida, perpassa também pelo “currículo” da “ética” mercadológica colocada em prática por diversos professores que concretizam uma das faces da moeda extremista em pauta.
Diferente a tudo isso, temos não apenas exceções, mas sim uma infinidade de educadores que vão de encontro ao que fora exposto. Vejamos então:
Existem profissionais da educação que, mesmo sem um tempo adequado, se qualificam em graduações e pós pelos seus méritos. São dignos educadores que as notas recebidas não são produtos “milagrosos”, mas sim fruto de sua dedicação e das suas reconstruções educacionais. Para esses docentes, concretiza-se uma real felicidade, pois, ao analisar as produções que vão desde um simples trabalho até o seu TCC, podem dizer: Eu fui mais uma vez um vencedor pelos meus méritos. Não me escondi numa cortina de “milagrosas” produções científicas.
Encontramos, no campo educacional, profissionais, que, mesmo indicados pelo viés político, vivenciam a educação em sentido amplo, materializando, em primeiro plano, seu compromisso com a formação cidadã dos seus educando e sua também; além de driblarem, de modo responsável, as questões salariais e as “múltiplas” disciplinas que têm que lecionar por conta da órbita sistêmica educacional que passa a ser “ofertada”. São professores que, em sua essência, praticam a educação na perspectiva emancipatória.
Contrário ao extremismo entre oposicionistas e situacionistas pragmáticos, perpassou e perpassa o compromisso de educadores que não visualizam, na sua pratica educacional, o partidarismo reducionista de ações tacanhas. São educadores que, independente de lado político, procuram, pelo norte da educação, serem agentes de mudanças, possibilitando reconstruções dialógicas do processo de ensino e de aprendizagem.
Por conta do que fora exposto, se de um lado pessoas investidas da identidade de professor trazem consigo, por diversos meios, a perspectiva meramente mercadológica, existiram e existem professores que deixaram e deixam seus legados de ética, cidadania e, ao vincular teoria e prática, materializam uma práxis em prol da reconstrução da dignidade humana. Cabe, então, a nós professores, um questionamento: Em qual das esferas citadas cada um de nós se encontra?
Apresento minha opinião quanto as eleições para presidnete/2014. Para as pessoas que se inteiram mais em torno da política partidária, que se integram efetivamente ao conhecimento devido do funcionamento de um administração pública, certamente irão votar para aquele ou aquela que realmente ser o melhor para o Brasil. Infelizmente, e, principalmente no Brasil, um grande número de eleitores ainda precisam tomar conhecimento do verdadeiro sentido de conhecimento e melhor escolha para uma adminstração pública. Não preciso dizer quem é o melhor para o Brasil, porque dessa forma, pode ser entendido como parcial ou até mesmo tentar envolver uma tendência que contraria o pensamento de muitos, que por ignorar a verdade e mim tornar vítima de idéias maldosas. Entretanto, muitos se apegam ao passado para confundir o futuro de nossa nação. Quero dizer que as comparações de uma administração atual, deve ser analizada em comparação com as administrações anteriores, proporcional a evolução dos tempos. Sempre os governos atuais devem ser melhores aos anteriores, em razão da evolução dos tempos, porém quando se comparam, deve ser comparado em torno das condições atuais. Infelizmente, o Brasil é país de destaque no que tange ao apropriamente indevido dos recuros por parte de muitos políticos. Não preciso dizer, quem dizem sãos os órgãos lícitos de comunicação social. A exemplo, está o montante de dinheiro roubado da Petrobrás, valor desviado que certamente se fosse empregado nas prioridades das necessidades do Brasil, o nosso país sewria bem melhor atendido.