Por Milton Marinho

Nestes 100 dias de governo do prefeito Marco Brito, (Não sei por que cargas d’águas havemos nós de precisar um tempo para medir as ações de uma gestão de governo), nesse caso, de uma congestão de governo que certamente é o que recairá sobre nós no decorrer de mais um mandato sob as rédeas de nosso ausente prefeito.

Sem necessitar de cartomante ou bola de cristal, nada de novo vai acontecer que nos orgulhemos de mais uma administração. Não precisamos ser adivinhos para sabermos o rumo que iremos tomar com o retorno do “Leão” a prefeitura.

Até que essa agonia sucessiva de governos que representam o famigerado mercado, (que desde a fundação do capitalismo predatório pós Revolução Industrial) este, que destrói sociedades inteiras em benefícios de poucos, e estes poucos, são os que se proclamam gestores sociais que da pequena à grande escala governam em quase totalidade contra suas populações, impondo uma condição subumana aos mais pobres sem remorso ou solidariedade. Enquanto alguns (e não são poucos) acham que isto é normal, outros, (em número infinitamente menor), consideram uma aberração real, construída por prefeitos que vencem eleições para socializar suas comunidades, logo, se transformam em procuradores do excomungado capital catapultando sua fúria e sua voracidade financeiro/público contra os mais pobres.  

Os 100 dias do terceiro governo Marco Brito, foram marcados por uma auditoria nas contas da prefeitura sob a tutela da gestão anterior que não deu em nada. Gastou-se uma fortuna do dinheiro público para fazer uma devassa na vida dos titulares responsáveis pelo desastre que fora a administração petista, e até agora tudo continua como antes. Desnecessária a tal Auditoria. Até porque a desastrosa administração petista fora a mais transparente possível em crimes e ilegalidades contra o erário público. Nada muito diferente desta e de tantas outras que aportaram em nossa cidade.

Por dedução, o orçamento dessa auditoria passa de 100 mil reais. É mais uma tentativa da doença curar o remédio, onde o paciente terminal (Itororó) nunca obterá a cura.

O que fez Marco Brito até agora?

Marco administra Itororó no seu nono ano de mandato direto. Sabe ele de todos os problemas da cidade; Do lixão à área de nervosismo social do Loteamento Gameleira que se agrava permanentemente. Lá, o povo vegeta a caminho de um abismo pior do que se encontra, pois a destino destes pobres está nas mãos de prefeitos como Marco que fazem mágicas e malabarismos com estas vidas, jogando-as para o alto, aqueles que conseguem permanecer no alto, sobrevivem. Os que não conseguem, caem e padece na mais áspera fronteira.

Depois que o Pastor Valdívio “escarafunchou” a explanada dos ministérios em busca de projetos, e que trouxe para Itororó as obras do PAC, mesmo que sob o olhar desconfiado de um famigerado ex-gestor, cujo império da arrogância e sede de poder só fez com que Itororó se agigantasse rumo ao nada, império este, que botaria o do ditador romano Calígula no bolso. Pois contava ele, com todas as artimanhas e malabarismos que um império de ilegalidades conta para ser erigido.

Oito anos e cem dias se passaram e a grandiosa e fundamental obra de quase 14 milhões do PAC, que já está licitada que dependia de uma licença ambiental saiu agora. Marco Brito, está doido para botar a mão nesse tesouro público e  abocanhar parte deste quinhão que deveria ser destinado aos pobres de Itororó, mas que será “capado” no meio do caminho, e depois, soltará fogos pra ver doer, celebrando mais uma vitória do voraz mercado contra o povo. Posará de herói o nosso prefeito, depois da obra superfaturada e inaugurada, perpetuando cada vez mais a sua dinastia de político que rouba, mas faz, mesmo que esteja o ilustre gestor com a cabeça pendurado nas varas da justiça estadual e federal. Pior do Marco é aquele que só faz roubar. Não roubar e fazer é que deveria ser a categoria de políticos que deveríamos nos espelhar, para tocarmos sociedades rumo ao futuro.

Do Hospital que respira por aparelhos e ajudas humanitárias de seus funcionários e da comunidade, às licitações fraudulentas que conspiram contra o povo e favorece a matilha de leões vorazes e ávidos pelo dinheiro público. “Agora é a nossa vez, e acabou!”. Essa é a tônica de regimes de direita que dominam o mundo, onde atores sociais tomam conta de uma cidade como Itororó, que cedem à tentação e ficam hipnotizados diante do dinheiro público, dizem eles estarem em defesa das porcarias sociais proposta pelo capitalismo e suas mazelas, para salvar sociedades que nunca recebem as luzes dessa salvação, porque nunca conseguiram passar pelos muros das licitações, nem pelos altares das tesourarias municipais. Prefeitos como Marco Brito, montam um cerco contra as populações, acuam-nas até o despenhadeiro próximo e delas não têm dó nem piedade.

Sociedades acuadas como as nossas, geralmente se transformam em vítimas fatais de bandidos sociais do serviço público que tripudiam e se alevantam contra os mais pobres. Marco Brito, não tem cem dias de governo, têm nove anos labutando nas galerias da crueldade para melhorar a sua vida e a vida de seus fiéis asseclas, buscando a mesma grande e pequena imortalidade que buscaram Calígula e o ex-prefeito Adroaldo. Com o tempo, outros virão, porque aprenderam com estes homens que é assim que a coisa funciona.