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Um terremoto de 7,8 de magnitude afetou diretamente a vida mais de 8 milhões de pessoas, deixou 1,4 milhões precisando de ajuda imediata e matou mais  de 5 mil, sem falar no prejuízo cultural, pois séculos de história foram perdidos, destruídos, jogados ao chão. Esse foi um pequeno resumo do que aconteceu no Nepal, país asiático da região dos Himalaias, terra mãe de Sidarta Gautama, também conhecido como Buda. De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas) um quarto da população nepalesa foi afetada e os trabalhos de buscas continuam, porém as chances de encontrar sobreviventes são mínimas.

Passados os ricos de novos tremores, por enquanto, o grande desafio agora é recomeçar. Tarefa tida por muitos, como a mais difícil, haja vista que o Nepal é um dos países mais pobres do mundo e possui um dos mais altos índices de corrupção do planeta (e você pensando que era o Brasil). O governo local estima que seja necessário gastar US$ 2 bilhões de dólares para reconstruir as 300 mil moradias destruídas ou danificadas e reestabelecer os serviços básicos(água, energia, comida, abrigo e saneamento). Segundo Macarena Vidal Liy do jornal El Pais,  essa reconstrução “é um trabalho titânico que seria uma prova duríssima para qualquer Estado. No Nepal representa um desafio ainda maior. Complica a pobreza, a falta de infraestruturas e a fragilidade de um sistema político deum povo que há pouco mais de uma década ainda vivia sob um regime semifeudal”.

A população revela que, sem ajuda internacional ou do governo, passarão fome e temem que quando essa ajuda chegar eles não tenha acesso. O medo faz sentindo, pois segundo denuncias, os partidos de oposição e situação estão lutando para ter o controle do que chega. Isso faz muita gente duvidar que haja alguma melhora nos próximos dias. “Duvido. Terá chegado muita ajuda (humanitária) e os partidos competirão pelo controle”, conta o professor Michael Hutt, especialista em Nepal, na Schoolof Oriental e AfricanStudies, em Londres.

Outro relato que confirma a tese de Michael Hutt, éda professora ShreeshaSitikhee, 28 anos, que diz: “Muita gente perdeu tudo. Esperamos que o governo nos ajude, mas veremos. Há muita corrupção, nossa política é instável, e isso impediu que nosso país se desenvolva”, revelou ela, enquanto tentava recuperar uns quilos de arroz  e lentilhas nos escombros de sua casa no distrito de Bakhtapur, a 20 quilômetros de Katmandu.

Comentário impróprio    

Outro dia, li um comentário, em um grupo do aplicativo WhatsApp, feito por uma colega jornalista, onde ela culpava a Deus pela tragédia que se abateu no Nepal. Na visão dessa colega, Jeová estava punindo os nepaleses por conta de seus cultos a Buda e a construção de grandiosos templos em homenagem a essa entidade. Particularmente, não creio em um Deus tão perverso e cruel, prefiro crer em um Deus, justo, bondoso, amoroso, que nos ama incondicionalmente e perdoa os nossos pecados, assim como está descrito no evangelho segundo Enoque (um dos apócrifos da Bíblia). O que me resta dizer é que esse comentário foi improprio e desnecessário. Afinal de contas, o próprio Deus nos dá o livre arbítrio para sermos e acreditar no que quisermos.

Se você quiser ajudar o Nepal, pode fazê-lo através da Cruz Vermelha brasileira começou uma campanha para arrecadar recursos para as vítimas do terremoto. As pessoas que quiserem contribuir podem fazer doações seguindo os dados abaixo:

Cruz Vermelha Brasileira

CNPJ: 33651803/0001-65

Banco Bradesco, agência 1276. Conta corrente: 15513-6

Por Alisson Aguiar