entrevista-michel-500x280

Em entrevista concedida à Rádio Vida Nova FM, na manhã deste sábado (28), os ex-prefeitos Michel Hagge (PMDB) e José Otávio Curvelo (DEM) abordaram temas a respeito da política local e das perspectivas dos partidos de oposição, para as eleições de 2016, ratificando a disposição de caminharem unidos no pleito.

Dentre os temas gerais, tanto Michel quanto Zé Otávio defenderam o voto distrital e o orçamento impositivo. Ambos disseram não acreditar No governo petista de Rui Costa, criticando os primeiros atos do governador. José Otávio se posicionou contra a decisão do governor de extinguir as Dires, que sempre prestaram relevantes serviços à saúde, no interior do estado.

Michel criticou o seu próprio partido, o PMDB, e disse que se sentiu envergonhado com o programa partidário apresentado na TV, na última quinta-feira. Disse ainda que pela primeira vez em sua vida política, votou contra o seu partido, se referindo à última campanha presidencial, quando votou e apoiou o candidato tucano Aécio Neves.

CANDIDATURA POR R$ 1 MILHÃO DE REAIS

O ápice da entrevista foi quando o ex-prefeito Michel Hagge afirmou que quando era prefeito, se encontrou com o deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), na Assembléia Legislativa, e este lhe afirmou categoricamente que havia “comprado” a filiação de Zé Carlos ao PT, por R$ 1 milhão de reais, para que o ex-pefelista se candidatasse a prefeito pelo seu partido.

Michel ainda afirmou que a campanha de Zé Carlos em 2008 foi bancada com dinheiro da Petrobras, que naquela época estava “jorrando” em toda a região, e que a compra de votos correu solta pela cidade, através das famosas ‘domingueiras’, regadas a dinheiro e cachaçadas.

SOBRE 2016

Os dois líderes disseram que o perfil do candidato das oposições em 2016 deverá ser de um administrador competente e trabalhador e não especificamente de um político carismático.

Michel disse que, mesmo sendo mais difícil, a busca deverá priorizar a competência. Ambos afirmaram que o nome será buscado entre pessoas de bem, independente de que sejam, ou não, filiados ao PMDB ou DEM.

Por Davi Ferraz