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O delegado Antônio Montenegro, da 3ª Delegacia de Homicídios (DH/ BTS), do Departamento de Homicídios (DHPP), informou que vai pedir a prisão do principal suspeito de envolvimento na morte de Carla Nadiele Moreira da Silva, de 27 anos, a Carlinha do Laço.

Ele não informou a identidade do suspeito para não comprometer as investigações, mas confirmou que se trata de um traficante da Rua Diva Pimentel, no bairro Fazenda Grande do Retiro, em Salvador. “Um traficante que não fosse da localidade não iria para lá sabendo que ela estaria entre amigos e conhecidos”, afirmou o delegado. Ele acredita que traficantes de outras localidades não teriam como cometer o crime da forma como foi praticado. “Ninguém tem essa audácia. Ninguém de fora entra [na localidade] sem autorização deles. Ainda mais durante a noite e a madrugada. O mais importante é saber quem atirou nela e quem ajudou a descer o corpo das escadas”, completou ele.

Montenegro afirmou ainda que uma das linhas de investigação considera a possibilidade de o crime ter tido uma motivação passional. Mas não forneceu detalhes. Um policial civil afirmou que o principal suspeito é um homem conhecido por Seaway – apontado pela polícia como o líder do tráfico de drogas da Rua Diva Pimentel. “Seaway estava perseguindo a moça. Queria ficar com ela, mas ela não queria”, disse ele.

Perseguida por chefão

“Tem muita coisa de verdade. É uma das linhas que estão sendo investigadas”, afirmou o delegado sobre a versão da perseguição de Seaway. Na tarde desta segunda-feira, 28, a reportagem esteve em diversas ruas do bairro. Um morador do final de linha afirmou que Carla namorava um policial e andava com os traficantes.

Segundo ele, ela participava de uma festa de aniversário, quando foi assassinada. No domingo, uma testemunha da Rua do Horto também disse à reportagem que Carla namorava um policial. “Isso não é verdade. Houve a história de um policial. Na hora certa, vou dizer o que aconteceu. Isso é boato”, disse o delegado.

Desconhece participação

Carlinha do Laço foi morta no domingo, na Rua do Horto, na Av. San Martin. “Acredito que deram um tiro, no topo da escada, arrastaram o corpo até o lixo e lá deram mais quatro tiros, que atravessaram o rosto e saíram na outra orelha”, contou Montenegro. “Desacredito que ela tivesse participação no tráfico”, completou. Ele afirma que o pino de cocaína encontrado no bolso do short dela não significa que ela fosse usuária, pois alguém pode ter colocado. Duas pessoas prestaram depoimento nesta segunda, no DHPP. A Tarde.

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