PP X PDT: PINHEIRO COMO MINISTRO NÃO ESTÁ NA CONTA PARA ESCOLHER VICE DE RUI, GARANTE WAGNER
Na mesa do governador Jaques Wagner (PT) as contas continuam a mil, mas algumas foram descartadas. Entre as possibilidades que o petista garante não cogitar está a colocação do senador Walter Pinheiro (PT) em um ministério da presidente Dilma Rousseff (PT), o que daria a vaga no Congresso para o suplente Roberto Muniz (PP). A manobra poderia deixar o presidente pepista, deputado federal Mário Negromonte, contente com um filiado no Senado e o governador tranquilo para colocar o presidente da Assembleia, Marcelo Nilo (PDT), como vice do candidato petista ao governo do Estado, o chefe da Casa Civil, Rui Costa. Questionado pelo Bahia Notícias sobre a possibilidade, durante jantar com a imprensa no Palácio Rio Branco (ver aqui e aqui), Wagner negou a hipótese. “Essa conta eu não tenho. Não passa por ai, até porque o mandato de senador é dele [Pinheiro], não é meu. […] Não vou trabalhar também para posicionar ele, mas dificilmente ele entraria em um ministério pela posição que ele mesmo externou. Jamais passaria por esse tipo de equação. A equação que vou montar vai ser conversada com PP e PDT e os outros partidos.
Vamos supor que Pinheiro fosse [para um ministério] e Roberto assumisse. Não é um mandato [o cargo de senador]. Porque quando sai [do ministério], você [suplente] cai fora. Nunca negociei com ninguém”, garantiu o governador. Para ele, é preciso tomar a decisão menos “dolorosa” entre PP e PDT, embora tenha adiantado que alguém ficará insatisfeito. “Vai sair uma decisão e, de novo, alguém não vai ficar 100% satisfeito, mas tem coisas que a gente pode conversar. Eu vou arbitrar para que seja o menos doloroso possível”, disse o cacique petista, ao se referir à escolha entre Rui Costa, Pinheiro, o secretário de Planejamento José Sérgio Gabrielli e o ex-prefeito Luiz Caetano, que terminou com o primeiro como candidato ao governo. “Admiro a postura dos três e dos seus agrupamentos. Não estou dizendo que estão alegres. Mas, todos os três tiveram uma postura madura de dizer: ‘Escolheu, vamos em frente, vamos juntos fazer campanha’. Tem um tempo de acalmar o coração e a alma”, pontuou. Wagner também contou aos jornalistas que, em uma conversa com os três preteridos, após a escolha, foi sincero ao anunciar: “Não venham me dizer que estão alegres que é mentira. Alegre está a torcida organizada do Rui”.