POLICIAL MILITAR DE ITABUNA SE SUICIDA E ACUSA OFICIAIS DO 15º BATALHÃO DE PERSEGUIÇÃO
O policial militar Jefferson Amaral, 33 anos, cometeu suicídio em Itabuna nesta terça-feira (27), ele se enforcou em sua residência, onde morava com sua esposa. Em uma carta deixada, ele aponta diversos problemas vivenciados pelo PM, e entre eles, é levantada a questão do tratamento recebido pelos praças da polícia militar baiana. Na carta, ele deixa claro que não foram apenas questões profissionais que o levaram a tal ato, mas mostrou como se sentia perseguido e maltratado por alguns oficiais da corporação.
Em um dos trechos, Jefferson falou sobre a perseguição na PM e declaro: “e fazem com que nós paguemos por um erro que não é nosso. Como a falta de efetivo da PMBA e a falta de uma escala de serviço adequado”. Ele ainda disse culpar políticos “que não estão nem aí para o povo. Principalmente (…) o governador Jaques Wagner”.
Atualmente, tramita no Senado Federal, de autoria do senador Lindbergh Farias, a PEC 51, projeto de lei que prevê a desmilitarização da polícia, formando um corpo único. De acordo com aqueles que são a favor do projeto, um dos benefícios da desmilitarização é exatamente acabar com “birras” entre as corporações, a atuação, capacitação e formação das polícias.
O 15º Batalhão ainda não emitiu pronunciamento oficial sobre o caso.
A Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares da Bahia (ASPRA) divulgou na noite desta terça-feira (27) uma nota sobre o caso.
Leia nota da ASPRA na íntegra:
“A ASPRA ITABUNA vem por meio desta, demonstrar o pesar em face do falecimento do SD PMBAJEFFERSON AMARAL DO NASCIMENTO (05/01/1980 – 27/05/2014), da turma 2003, lotado no 15° BPM – ITABUNA. Sentimos pelo ocorrido. Levantaremos mais ainda a bandeira da necessidade de melhoramento nas relações interpessoais na PMBA, considerando a carta deixada pelo SOLDADO apresentando forte incomodo com tal questão”.
Leia carta de Jefferson: