PERSONA NON GRATA (LATIM, NO PLURAL: PERSONAE NON GRATAE), CUJO SIGNIFICADO LITERAL É “PESSOA NÃO BEM-VINDA”.
Como se não fosse de grande importância a sua presença, mas era. Talvez, pelo fato de só votar em Rosemberg, ele não estivesse apto a participar de uma reunião de discussão de campanha do partido e do seu destino, o que em outros tempos esteve. O termo, ou a terminologia “PERSONA NON GRATA”, e seu significado acima, vem se aplicando bem ao vereador Gustavo que está sofrendo nas unhas daquele que um dia fora seu guru e criador, Adroaldo. Gustavo não é pessoa mais bem-vinda no seu partido. Quem te viu e quem te vê: Adroaldo que tanto arrebanhou cabos eleitorais para engrossar as fileiras da agremiação, se dá ao luxo de buscar por todos os meios uma maneira de expulsar o seu maior quadro dentro do próprio partido.
A chance de Gustavo crescer na política estava posta e ele, como criatura, criou corpo e quis caminhar sozinho, depois da derrapada histórica do ex-prefeito perdendo as eleições de 2012. Adroaldo que não tem papas na língua (réu confesso), segundo ele, (aquele que conversa mais que a boca), por algumas vezes chegou à cidade vizinha de Itapetinga e deu aulas de como manter o grupo político do colega e aluno, Zé Carlos Moura, no controle; isto é, no cabresto, “amarrado pela venta” como estratégia para conter a evasão de correligionários que não estavam sabendo direito “vestir a camisa” do partido.
Zé Carlos, que primou pela total liberdade de seus comandados, fez ouvidos de mercador da aula recebida, e, com seu estilo, venceu a reeleição de 2012 sem muita dificuldade. Já, o “mestre”, dois anos depois padece de algum tipo de moléstia por não ter conseguido repetir o feito. Para tentar tirar Gustavo do Partido, só pode mesmo padecer de alguma enfermidade.
O vereador Gustavo junto com seu irmão Ricardo tem ambições acima da medida no intuito de ganhar a prefeitura de Itororó. Porém, não sabemos se a capacidade de aglutinar forças para atingir seus objetivos corresponde ao tamanho das ambições. Mas, que Gustavo busca espaço, e está conseguindo abrir clareiras na conturbada política de Itororó, ah, isso sim, ele está fazendo sem parcimônia nenhuma. Ta danadinho.
Talvez, o maior legado de seu criador Adroaldo (o com dinheiro, porque na realidade existem dois; um com e outro sem) seja o de ter criado e adestrado sua “ferinha” para que ela o servisse por longos anos ainda, como outros fizeram e soverteram na lapa do mundo logo que a fonte secou. Agora, fica de igual para igual com Gustavo em ambição; menor talvez, nas condições objetivas, no conteúdo e na forma de exibi-las. Vale lembrar que sempre existirá mais de um Adroaldo quando o negócio é política; Marco Brito sabe muito bem do que estou falando: o leão amargou quatro anos de agonia por causa do outro, aquele que com ele não tratou os acordos, e que foi quem o atendeu. Daí, então o mundo virou para todos.
Gustavo cria corpo com Antônio Brito para esse desígnio. Rosemberg vai ter que costurar muito para unir os dois num palanque só.
Talvez Adroaldo, tenha feito pouco caso de seu “enteado político”. Não contou com a inteligência do ambicioso vereador, que oportunamente, não contou conversa e, sozinho, alçou vôo para oxigenar o partido, que agoniza em mãos pra lá de erradas, ao ponto de ter atingido seu ápice com a vitória em 2008 e as profundezas de seu inferno astral quatro anos depois com a derrota de 2012.
O deputado Rosemberg não fez nenhum alarde sobre a decisão tomada pelo vereador Gustavo apoiar o federal Antônio Brito, compreende que atitudes como estas, não são passíveis de punição ao vereador por parte do partido. Manteve o deputado de Itororó, a diplomacia peculiar de um parlamentar.
Qualquer cerceamento ao vereador alijaria o processo de renovação da política e seus desdobramentos futuros. Antônio Brito é da base. Edvaldo Brito, seu pai, veterano de guerra, homem probo, trabalhou para todo mundo da direita, e é hoje secretario de governo. Porque Gustavo não pode caminhar com Antônio Brito? Se a questão for infidelidade, desse pecado Gustavo não irá para o inferno. Pior foi Geraldo, que sacou o filho para o PSL, mantendo assim, é claro que Geraldo cortou na carne de Rosemberg, quase serrando no osso. Com isso, encerra entre eles, uma histórica parceria que minam algumas das bases do itororoense na região. Talvez seja um jogo combinado entre eles; talvez não.
O vereador Gustavo, pegou a descaída de Antônio Brito, que o fez entender que precisa se soltar dessa camisa de força que é Adroaldo para um novo exercício de cura e libertação dos dogmas e das máculas recebidas durante o mandato.
Mas, todo o processo tem que acontecer dentro do “carregado” PT, o que aprofunda mais a agonia de seus “encostos”, capitaneados pelo corpo, cada vez mais estranho do seu ex-prefeito.
Mas, o que deseja mesmo o vereador é unir o resto de forças que ainda tem o seu criador com as suas forças; essa, que cresce a cada dia: sair do vôo de galinha que ensaia o PT para um vôo de águia, por que não? Se seu vôo não tiver alcance assim, tão alto; qualquer pássaro serve como referência, até uma perdiz. Só não serve o vôo de galinha “perreche” que é como se encontra a agremiação partidária sobre o comando de seu comandante de fato.
Gustavo, tem se comportado para o partido como um bom defensor da legenda. Tem brigado com o governo de Marco e contrariando membros da própria família, cuja maioria está lotada no Governo do Bem III.
Adroaldo está sofrendo um esvaziamento de seus quadros (o que é muito natural), pois ele não comanda mais o dinheiro do município. Porém, parece que ele não se apercebeu disso. Apesar de compreender, que nestes tempos de vacas magras, tudo que custa dinheiro é uma fortuna.
Adroaldo está fazendo de tudo para derrubar Marco no tapetão, obcecado pela idéia de voltar ao centro do universo para deixá-lo à imagem e semelhança do seu estado inicial. Vimos um ensaio da fundação do mundo antes do começo, pelos quatro anos de seu mandato. Qualquer estudante do ensino fundamental sabe como a teoria do Big Bang descreve o mundo antes do alinhamento cósmico; um caos, ou “Um cálcio” como dizia o saudoso Vardo do rádio.
Quanto ao “nosso pedinha” Geraldo Simões, fica patenteado que, o que prevalece é a estratégia para conter a evasão desenfreada de eleitores da dinastia por ele criada, para se manter na crista da onda do poder regional, com a ajuda de seu “Sancho Pança”, Adroaldo, por sinal, “Maior liderança individual do município”, segundo ele mesmo.
A discussão está centralizada entre as candidaturas a deputado federal, escanteando assim, a estadual. Pela natureza da relação com a cidade e pelo que significou o deputado estadual Rosemberg em sua campanha para prefeito em 2008; pela lógica e pela história, Rosemberg é quem deve ter mais votos que Geraldo, e os créditos, naturalmente, irão para Adroaldo; do contrário, pelo andar da carruagem o mais merecedor dos votos é quem será preterido.
A não convocação do vereador Gustavo para a tal reunião bem sucedida de tristezas, porque Adroaldo veio com a velha boa nova de reunir a militância de pedir votos só no gogó, se esquecendo de trazer as boas novas do “faz me rir” do Maranhão que tanto esperavam os esperançosos e desesperados participantes. Sem esta boa nova, vai ficar muito difícil Geraldo Simões ter votos equivalentes ao título que Adroaldo deu a ele mesmo de maior liderança individual do município. Na reunião, Adroaldo deixou claro que vai pedir votos para toda a chapa, mas que a primazia é por Geraldo Simões.
O “imbróglio” está me cheirando à fritura do deputado estadual com óleo saturado de terceira. Rosemberg já conhece a fera de outras eleições. Pelo andar da carruagem, pouco importa para Adroaldo os votos que Rosemberg terá, já que Gustavo não terá votos suficientes para sustentar a tese de que Rosemberg obrigatoriamente deve ter mais votos. Por mais que exista este mal estar entre os dois, (Gustavo e Adroaldo), o primeiro não pode prescindir da orientação do segundo, afinal, trata-se da “maior liderança individual do município” que, com essa desagregação, só o PT é quem perde. Especialmente quando o candidato a deputado, e filho da cidade é rifado como ficou subentendido nas entrelinhas daquela reunião. Rifar Rosemberg é mais uma de suas estratégias. O que está em jogo não é só a desunião dos dois que pode afetar a candidatura de Rosemberg. A briga entre Gustavo e Adroaldo tem um víeis pra lá de enigmático. Para Adroaldo jogar os pés numa liderança de peso como Gustavo, é para no mínimo, ficar com a pulga atrás da orelha: um político que nas eleições comprava “gatos e cachorros” para lhe acompanhar, é ou não é para desconfiar? É ou não é? Viva Marquinho!
Gustavo, apesar de ter chegado ao PT, há pouco tempo, tem o direito de se sentir herdeiro da herança e dos votos que Adroaldo prefere morrer abraçado a eles, ao invés de passar para a sua criatura. Até porque Adroaldo, enquadrado na lei da Ficha-limpa não pode disputar mais nada. Geraldo pode também estar fora do páreo. Mas a lei da Ficha-Limpa que pode ser um mal para Adroaldo, pode ser um bem também. Geraldo fora da disputa, Antônio Brito entra como alternativa para dar sobrevida ao PT de Itororó; o casamento Antônio Brito e Rosemberg com o aval de Adroaldo pode dar o samba que o partido deseja. Ânimos no lugar, Gustavo sai para a disputa em 2016 e vida que segue. Se Rui perder as eleições para Paulo Souto, como se desenha, Adroaldo não agüenta três meses no partido, aliás, todo o “galináceo” petista em seu vôo rasteiro vôo de galinha, voarão em V de volta para seus “galinheiros” de origem.
Não vejo outra forma do PT escapar fedendo dentro do que está posto. É pegar ou largar.
O que fica valendo para 2014 é uma campanha onde os candidatos terão de se virar em apresentar serviço e menos dinheiro para comprar votos; muito comum nesta época. Mesmo assim, fato é, que, o que tem de candidato comprando votos no atacado, através de lideranças e micro lideranças pelo Brasil a fora não está no gibi.
Vale lembrar também que por muito menos, a Lei da Ficha Limpa tem fechado o cerco e procurado enquadrar os ilustres “representantes do povo”.
Duvido que Adroaldo esteja preparado para correr atrás do eleitor sem o dinheiro, o “bambá” para a tal da estrutura. Ai que saudade dos cofres públicos; estes, que um dia fez dele essa liderança toda, e num sopro de estratégia mal feita, a desfez.
Milton Marinho
Belíssimo texto.
O Milton Marinho enriquece o cotidiano político da sua cidade. Tudo que ele escreve eu leio. O cara é antenado, e faz de Itororó, uma cidade pequena, mais inteligente.
Receba Adroaldo! Vc subestimou o cara que te ajudou a ser prefeito de Itororó. Outubro está próximo do Maranhão de Lula, teu irmão do PSDB. Faz as malas aê.
EU QUE ACHO VALIDO AS PUBLICAÇÕES DO MILTON MARINHO ASSIM COMO O COMENTÁRIO DO JOABS MAS TEM UMA COISA NOS VIVEMOS NO PAIS CAPITALISTA ONDE TUDO GIRA EM TORNO DO DINHEIRO ESSE RAPAZ TEM QUE SAIR RUMO A NOVOS HORIZONTE PORQUE SI NÃO VAI FAZER COMO OS GRANDES CONHECEDORES DA BÍBLIA FICA PREGANDO VERDADES NAS PRAÇAS SEM NINGUÉM AO SEU REDOR , NÃO NÃO EU NÃO ESTOU CHAMANDO O POVO DE MINHA TERRA DE OFF DE INTELIGÊNCIA NÃO É SIMPLESMENTE PORQUE A CIDADE É PEQUENA E NÃO TEM ESPAÇO PARA TODOS USAR PALAVRAS COM RIQUEZA DE DETALHES ASSIM COMO ELE USA É PRA POUCOS POR ISSO VELHO A VIDA TE CONVIDA E O MUNDO TE ESPERA VAI NA FÉ !