Onze de julho de 2012. Um dia que ficará na memória de milhões de palmeirenses. Após 12 anos de jejum de conquistas de títulos nacionais, o Palmeiras superou todas as expectativas e, com um futebol pragmático e eficiente, conquistou a Copa do Brasil pela segunda vez em sua história após um empate por 1 a 1. E não havia adversário e palco melhores para a final: o Coritiba e o Couto Pereira. Cerca de um ano e dois meses atrás, o clube do Palestra Itália sofria uma das maiores goleadas do futebol brasileiro: 6 a 0. A memorável goleada aconteceu no mesmo estádio da finalíssima desta quarta-feira. Dessa vez, a festa foi palmeirense. Destaque para Marcos Assunção, impecável na marcação e novamente decisivo na bola parada, e Henrique, que se mostrou um verdadeiro achado como volante. Com a conquista, o Verdão garantiu sua vaga para a tão sonhada Taça Libertadores do próximo ano.

Capitão do Palmeiras, Marcos Assunção foi o grande nome da partida (Foto: Miguel Schincariol/Globoesporte.com)

No início do jogo, o que se esperava era um Coritiba incisivo e forte no ataque. Realmente, foi isso o que aconteceu. No entanto, a equipe de Marcelo Oliveira esbarrou no forte sistema defensivo criado por Luiz Felipe Scolari e, apesar de ter mais a posse de bola, não conseguiu criar muitas oportunidades que pudessem abrir o placar em Curitiba. O primeiro lance de perigo foi paulista: aos 12min, Mazinho rolou para Juninho bater colocado e ver Vanderlei se esticar todo para fazer grande defesa.

As ações ofensivas do Coxa não conseguiam superar a zaga palmeirense. Aos 19, Marcos Assunção levantou na área e Betinho, completamente livre, pegou mal na bola e mandou pela linha de fundo. O Palmeiras parecia se sentir em casa e, naturalmente, criava boas chances. Com 27min, Assunção cobrou falta de muito longe e a bola passou muito perto da trave direita de Vanderlei. A resposta paranaense veio no minuto seguinte, quando Éverton Costa ganhou bola dividida dentro da área e, de calcanhar, rolou para Rafinha chutar de três dedos. A bola passou raspando a trave de Bruno, que tentou fazer a defesa. Assim como na partida de ida das semifinais, contra o Grêmio no Estádio Olímpico, o Palmeiras fazia grande partida defensiva e não permitia que os mandantes abrissem o placar.

Betinho comemora o gol do título do Palmeiras

O segundo tempo começou ainda mais corrido. O Coritiba, precisando de dois gols para empatar a disputa, tentava furar o ferrolho verde paulista. E o “furo” só veio em uma bola parada. Ayrton, que havia acabado de entrar no lugar do lateral Jonas, cobrou falta com perfeição e abriu o placar, para o delírio dos torcedores coxa-branca no Couto Pereira aos 17min.

Quando todo o contexto indicava um jogo de ataque contra defesa, apenas, o grande nome do Palmeiras e do jogo entrou em cena. Marcos Assunção, aos 20min, cobrou falta pela direita e Betinho escorou de cabeça. A bola, literalmente, morreu no canto direito de Vanderlei: 1 a 1.

Abatidos, os jogadores do Coxa não mostravam reação. A torcida, menos ainda. A partir do gol, o time paulista cresceu no jogo e tomou conta da partida. Aos 28, Assunção cobrou nova falta, desta vez pela esquerda, e acertou a trave do goleiro do Coxa. Na sequência, dois lances perigosos dos mandantes. No primeiro, Everton Ribeiro arriscou de longe e obrigou Bruno a fazer belíssima defesa. No outro, Rafinha fez jogada individual e chutou rasteiro, à direita do arqueiro palmeirense.

Com o título na mão, os jogadores do Palmeiras apenas administraram o resultado e tocavam passes no campo de ataque. O zagueiro Pereira perdeu a cabeça e foi expulso. Cenário mais que perfeito para o Verdão, que, um ano após a goleada sofrida para o mesmo Coritiba, no mesmo Couto Pereira, consagrou a bela campanha invicta na Copa do Brasil com o bicampeonato do torneio. G1