ITOROROENSE PIERRE TEM NA FILHA PIETRA EXEMPLO EM CASA DE RECOMEÇO
Desde os tempos de Palmeiras, a grande marca registrada de Pierre é a garra encharcada pelo suor. Jogador de muita luta, acaba sempre se identificando com a camisa que veste, literalmente. Hoje com nome gritado pelos torcedores do Atlético-MG, é a superação em pessoa. Driblou os tempos difíceis na fase final no ex-clube. Em casa, o volante tem uma sucessora que também o inspira a dar mais sangue. Pietra, de três anos, tem história típica de guerreiros. A filha do jogador nasceu prematura e pesando apenas 540 gramas. O drama começou quando Moema, a esposa do jogador, estava grávida de um casal. Com seis meses de gestação, uma das bolsas rompeu. O garoto, que teria o nome do pai, sobreviveu apenas 14 horas.
– Milagre foi a luta dela para sobreviver. Ela nasceu com seis meses, com 540 gramas e lutou para viver três meses na UTI. Então, ela, para mim, é a verdadeira guerreira dentro de casa, mais que o pai. Tão pequena e persistiu – disse Moema.
– Nesses três meses que ficamos na UTI, nasceram uns sete bebês na mesma situação dela e nenhum sobreviveu. Então eu posso dizer, sem dúvida, que a Pietra é um milagre – afirmou Pierre.
O casal se emociona com cada palavra e sorriso que a filha dá. Após o nascimento, a menina precisou ficar três meses na UTI.
– Passa um filme na cabeça de tudo. A luta dela não acabou, a gente sabe que continua. Mas quando olhamos para um sorriso dela, pensamos que valeu a pena passar por todo sofrimento, toda aquela angústia. Foram muitas lágrimas derramadas no hospital – relembrou Pierre.
Com lágrimas nos olhos, Moema explicou que ver a filha bem é como uma vitória.
– Cada coisinha que ela faz, eu falo: “olha o que ela está fazendo”! E tem gente que pode pensar que é besteira, mas como ela não andou com um ano e não anda ainda, cada coisinha é como uma vitória para mim.
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Pietra teve sequelas por causas de várias complicações no nascimento e ainda não anda. Os movimentos do corpo ficaram comprometidos, e ela tem problemas de equilíbrio. Faz fisioterapia e ecoterapia para recuperar os movimentos. Os trabalhos em cima do cavalo ajudam no equilíbrio e na resistência de pernas e braços.
– A gente sabe que o processo é gradativo. Com quase um ano descobrimos que ela tinha sequelado. Ela teve inúmeras paradas respiratórias na UTI e afetou a parte motora. Tem três anos e ainda não anda. Mas está em processo de fisioterapia e vem evoluindo muito bem.
Na época do nascimento, Pierre estava no Palmeiras, sob o comando de Vanderlei Luxemburgo. O jogador lembra que treinava com o celular pendurado no calção para ser chamado em alguma urgência e reconhece o apoio dos colegas e do treinador.
– Eu sempre treinava com celular, quando fazia trabalho na academia com celular no bolso. De repente, o celular tocava para ir ao hospital porque Pietra tinha piorado. Ela teve infecção e algumas complicações, teve que fazer inúmeras transfusões de sangue. Tinha que largar tudo no treino, Vanderlei me liberava e eu ia para o hospital. Mas, mesmo com tudo isso, continuei esses três meses jogando com o Palmeiras.
Nova fase
Pierre e Moema vivem uma nova fase ao lado de Pietra. Moema está grávida novamente, com três meses, e torce para que venha um menino desta vez.
– Se for homem, vou “encerrar a carreira”. Mas se for menina, daqui a um ano e meio eu vou tentar um menino, um jogador. Tem que ter um menino dentro de casa. Nem que seja para ver a carreira do pai, levar no vestiário, nos treinos.
Hoje no Atlético-MG, Pierre vive um momento feliz. O jogador, que foi recebido com o clamor da torcida, está satisfeito no novo clube. O volante passou períodos difíceis no Palmeiras, quando chegou a nem ser relacionado para os jogos pelo técnico Felipão.
– De repente, eu não me via nem na relação. Na relação de 20 atletas, ficava de fora. Foi muito complicado. Eu ia para o centro de treinamento com a minha mala, chegava lá, olhava a relação e tinha que voltar para trás. A maior dificuldade era chegar em casa e olhar para minha mãe e minha esposa. E elas sentiam que eu estava sofrendo.
Moema, que sofreu com o marido durante esse período, conta que a vinda para Belo Horizonte é vista como um recomeço para a família.
– Quando a gente viu o reconhecimento da torcida, gritando o nome dele de novo, foi um recomeço. Deu uma alegria e um orgulho de ele estar voltando. A alegria dele dentro de casa. Para mim foi uma recompensa do sofrimento que a gente viveu lá. Informações G1
moema e pierre eu e sua tia alda estamos felizes por voces e pela pietra oramos a deus que sempre estará com vcs nesta batalha. muitos bjs
alda e milton