A Bahia está negociando com o governo federal a ampliação das parcelas do seguro-desemprego para os quatro mil demitidos do grupo Vulcabras/Azaleia em seis municípios baianos. Além disso, vai requalificar e tentar “reposicionar” os demitidos, disse o governador Jaques Wagner (PT). Ele passou a semana passada em Brasília tentando obter com o governo federal a edição de mais uma medida anti-dumping para evitar a importação de calçados chineses, a preços excessivamente baixos, através de outros países, como o Vietnã.

O que parece estar afastada é a possibilidade de a Vulcabras/Azaleia recontratar os demitidos. “A empresa realmente está acumulando prejuízo grande e trabalhando para manter de oito a nove mil empregos lá em (fábrica) Itapetinga”, declarou o governador. Ele contou ainda que esteve na sexta-feira passada no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior “para ver se a gente faz um anti-dumping para outros países que estão também exportando para cá”. Ocorre que demora para analisar a situação. “O processo precisa ser bem instruído. O ministério vai avaliar se cabe ou não”, disse o governador.

Wagner explicou que não se pode culpar apenas a importação dos calçados chineses pela crise na Vulcabras-Azaleia. “Tem problemas deles também na questão comercial, na disputa do mercado interno e também da gestão, tanto que (a empresa) contratou uma equipe de consultores para fazer uma revisão em todo o processo de gestão”, disse. A Vulcabras-Azaleia fechou as fábricas de Caatiba, Firmino Alves, Itambé, Itapetinga (com exceção da fábrica matriz), Macarani e Itororó.

Informações do A Tarde