felicianoNão deve passar desta semana a saída do deputado federal Marco Feliciano (PSC-AC) da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Segundo coluna de João Bosco Rabelo no Estadão, o mais provável é que o pastor renuncie em favor da vice-presidente da Comissão, Antônia Luciléia Ramos Câmara, que também é evangélica e eleita pelo PSC no Acre. O acordo vem sendo costurado desde que as manifestações contra a permanência de Feliciano no cargo tiveram repercussão negativa para o partido e para a Câmara dos Deputados. Na última quarta-feira (20), Feliciano teria ficado a um passo da renúncia, mas não compareceu à reunião com líderes da legenda e o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). O PSC teme que, além do desgaste, a polêmica atraia o Ministério Público e criminalize a condução da igreja pela qual o pastor é responsável.

Em contra partida a estas informações Feliciano afirma: “Só saio se morrer”. O parlamentar garantiu, em entrevista ao programa Pânico, da Bandeirantes, que só deixaria o posto caso morresse. “Fui eleito por um colegiado. É um acordo partidário e acordo partidário não se quebra. Só se eu morrer”, afirmou o deputado, alvo de protestos desde que assumiu o comando da comissão por conta de declarações consideradas racistas e homofóbicas. Feliciano comparou uma eventual renúncia a uma confissão de racismo: “Uma coisa é você dialogar com um adulto. Uma coisa é você chegar em casa e ter que explicar para uma criança de 10 anos porque na escola falam que seu pai é racista. Isso dói, isso machuca. Então, uma renúncia é como se eu assinasse um atestado de confissão, eu sou mesmo [racista], então estou abandonando [a comissão]. Eu não sou [racista] e estou aqui para provar isso”, argumentou. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, já classificou como “insustentável” a situação do parlamentar e prometeu resolvê-la até terça-feira (26). Bahia Notícias.