papa-francisco-2Nos inúmeros períodos históricos vivenciados pela Igreja Católica, percebe-se que diversos líderes dessa instituição desvirtuaram os dignos ensinamentos cristãos. Feito isso, relegaram, por questões imediatistas, o tripé vivenciado pelo Mestre Jesus, o qual tem os seguintes sustentáculos: o amor, a fé e a caridade para com o próximo.

Se de um lado, pessoas que se diziam católicas desvirtuaram os puros ensinamentos cristãos, por outro lado, seres humanos, através de sua vivência no catolicismo, deixaram verdadeiros legados para a humanidade de respeito para com os semelhantes. Pode-se citar, entre os inúmeros religiosos, Francisco de Assis e Antônio de Pádua. 

No âmbito brasileiro, existem figuras emblemáticas que deixaram, sem segundas intenções, legados relevantes para uma nação ainda “anômala” chamada Brasil. Dentre os diversos exemplos, encontra-se Dom Paulo Evaristo Arns e Dom Helder Câmara, sendo que ambos não aceitaram as atrocidades do Regime Militar. Associado a isso, esses dignos católicos e cidadãos brasileiros sempre foram vozes ativas contra a miséria social.

Somado ao que fora exposto, gostaria de dizer que, no âmbito político, o maior exemplo de referência ética é um franciscano, cujo nome é o senador Pedro Simon. Esse digno brasileiro mostrou e mostra que a verdadeira arte da política não deve estar associada às metamorfoses geradas pelos tabuleiros da promiscuidade da politicalha.

Ao fazer essa descrição da política, gostara de dizer que a Igreja Católica me proporcionou conhecer um estadista. Sim, um estadista, haja vista que não se pode esquecer que Bergoglio, o Papa Francisco, não é apenas o representante maior da Igreja Católica, mas também o chefe de Estado do país chamado Vaticano.

Dilatando o que citei no parágrafo anterior, o Papa Francisco, diferente dos outros chefes de Estado, pensa a curto e a longo prazo sem ser midiático e nem tão pouco fica ancorado em pesquisas para saber se a sua popularidade vai aumentar ou diminuir de acordo a essa ou aquela medida social a ser tomada. Em face disso, comecei a visualizar em Bergoglio não um mero chefe de Estado, mas sim um estadista

Outra situação que faz de Bergoglio um estadista e não um pragmático chefe de Estado, refere-se a sua liderança sem estar encoberto pelo verniz que esconde a hipocrisia de discursos imediatistas, os quais trazem consigo o intuito de não diminui o capital político. Acrescido a isso, o único estadista que já conheci vive uma práxis no combate a corrupção, pois, ao teorizar sobre a sua eliminação, também pratica efetivamente ações para que possa combatê-la.

Encerro esse breve relato dizendo que os chefes de Estado do Mundo e os que almejam a essa representação de uma nação, não devem usar o clientelismo da quantificação partidária e do fisiologismo. Para tanto, urge a necessidade de buscar inspirações nos valores éticos, passando a gestar na essência a vivência de um estadista.  E nisso, o Papa Francisco está dando inúmeros exemplos edificantes…

Marônio Cedro Mira