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EDITORIAL: PARA O ITOROROENSE, A SUA CARNE-DE-SOL É SAGRADA.

Li a entrevista do empresário Marcos Ribeiro Costa ao jornal Dimensão,   edição de 17 de março, falando sobre as razões que levaram o Frigorífico Sudoeste, de que é um dos proprietários, recentemente inaugurado na cidade de Itapetinga, a encerrar as suas atividades.

O ilustre entrevistado atribuiu a suspensão da prestação de  serviços de sua  empresa  à falta de adesão  do segmento regional, voltado para o abate bovino, ao serviço legalizado, optando, assim, por continuar  trabalhando na clandestinidade. E, aí, não faltou acusações aos órgãos fiscalizadores  do setor, como  Vigilância Sanitária e  Abad e, igualmente, às  autoridades municipais e estaduais, como  prefeitos das cidades próximas e o Ministério Público Estadual,  todos, segundo ele, comprometidos com a aplicação da Portaria 304 do Ministério da Agricultura que proíbe   o abate clandestino de animais.

O Frigorífico Sudoeste foi idealizado e construído dentro da expectativa de vir a acontecer  a repressão oficial à matança clandestina de bovinos, na micro região e, ainda,  de poder prestar seus serviços especializados a todos os municípios. Mas, uma coisa e outra acabaram não acontecendo, pelo menos,  na proporção desejada pelos empresários, o que acabou inviabilizando economicamente a atividade do frigorífico.

Ao município de Itororó, onde o entrevistado fala da existência de um acordo de cavaleiros, as queixas foram maiores, pois, daí, não  foi enviada, se quer, uma rês para o abate, durante os cinco meses em que o frigorifico esteve operando.

Logo após a entrevista, surgiu no blog “Sudoeste Hoje” da cidade de Itapetinga e, também, foi divulgado por outros blogs, um vídeo denunciando as condições em que é realizado o abate bovino, no Matadouro Municipal  de Itororó. Chocante, pelos maus tratos que são impostos a uma rês, no momento em que esta  é abatida,  e mostrando a forma inadequada como  é retirada a pele do animal e como  este tem a sua carne desossada, o vídeo, além de, indiretamente, servir aos interesses do Frigorífico Sudoeste, é suspeito de ter sido produzido por políticos locais de oposição à administração municipal de Itororó, visando, com ele, desgastar a imagem do prefeito.

Contudo, se, de fato, foi  essa a intenção dos produtores do vídeo, o tiro parece ter saído pela culatra, porque todo o segmento voltado para a cadeia produtiva da carne-de-sol no município de Itororó, revoltado com a repercussão negativa da matéria publicada e suas possíveis  consequências,  condenou o ato, veementemente.

A  repercussão do vídeo, que foi usado por alguns blogueiros para denegrir a imagem da carne-de-sol de Itororó, alcançou enormes proporções,  provavelmente porque a carne é famosa em todo o Estado da Bahia. E os efeitos negativos da publicação já estão causando prejuízos a toda a cadeia produtiva da carne dentro do município, pois os fazendeiros queixam-se de queda na procura de suas novilhas (espécies de animais apropriados para a carne-de-sol), e da queda do preço de arroba. Do  outro lado, muitos abatedores e comerciantes da carne-de-Itororó também resolveram diminuir a produção, enquanto esperam  o que vai acontecer  com o abate bovino dentro do  município.

Itororó deveria estar fora desse problema, se o  governo do Estado, anterior ao atual, tivesse concluído e posto em operação o Frigosol, frigorífico idealizado para a produção da carne-de-sol de Itororó, em vez de  repassá-lo à iniciativa privada, por sinal, ao mesmo grupo proprietário do Frigorifico Sudoeste que, após a sua aquisição, optou por  não concluir o Frigosol e por  implantar o  frigorífico de Itapetinga.

Hoje, o abate bovino do município de Itororó  poderia estar sendo realizado aqui mesmo, pelo Frigosol,  dentro das regras da Portaria 304. E essa mudança de local  não levaria o desemprego   ao pessoal lotado no Matadouro Municipal,  já que esses trabalhadores poderiam ser  remanejados para o frigorífico; fato  que não ocorrerá   com o fechamento do  matadouro e a  transferência do abate para a cidade de Itapetinga.

Muitos velhos açougueiros disseram-me que desistirão dessa atividade  se, por acaso, tiveram que levar suas rezes para ser abatidas em Itapetinga. Alegam que o custo do abate e do frete inviabilizará o negócio, já que, para compensá-lo, terão de elevar bastante  o preço  da carne-de-sol de Itororó.

Atualmente, os empresários do Frigorífico Sudoeste não se acham em condições de exigir a adesão do segmento dedicado ao abate bovino em Itororó, pois, quando optaram por abrir o Frigorífico de Itapetinga, desistiram  do Frigosol, sem, se quer,  atentar para o prejuízo que essa ação causaria à economia do município de Itororó.

Essa mudança de atitude dos empresários matou as esperanças da sociedade de Itororó de ver o Frigosol produzindo a carne-de-sol que seria exportada para todas as regiões do país. E, também, passou a ameaçar   a estruturação de toda a cadeia produtiva da carne-de-sol do município que, dificilmente, resistirá o fechamento do Matadouro Municipal, com a consequente transferência  do abate bovino para a cidade de  Itapetinga.

O custo social e econômico desses acontecimentos é muito alto para o pequeno município de Itororó. Por isso, é bastante  compreensível que, a essa altura, a sociedade de Itororó e a atual administração do município não apoiem a mudança que o Frigorífico Sudoeste deseja. Antes dela ou de qualquer outra,  é preciso que os interesses sociais e econômicos do município estejam a salvos, a fim de que a população local não fique seriamente prejudicada.

Texto: Djalma Figueiredo

2 respostas para “EDITORIAL: PARA O ITOROROENSE, A SUA CARNE-DE-SOL É SAGRADA.”

  • 13 pt says:

    mas com higiene

  • Guthesilva says:

    O Dr. Djalma doi muito feliz na elaboração deste tema. Ele atentou mais para os aspecto técnico do assunto. Acontece que o político é o que me interessa, e, sabemos que todo aquele blá blá do ministério público deveria ser para apurar porque daquele povo todo no matadouro naquele dia , e qual é o verdadeiro interesse dos políticos de oposiçao, se eles estiveram governando Itororo por anos e nada fizeram em pról do frigorífico ou de outro modelo para melhorar o abate em Itororó. O prefeito atual deu o ponta pé inicial reformando os pontos de comercialização, os galpões, que estão totalmente higienizados e ten ho certeza que o local de abate será regularizado muito em breve, aguardemos!!!!

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