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A maternidade do Hospital Manoel Novaes, em Itabuna, sul do estado, registrou seis casos de microcefalia nos últimos dois meses, segundo a direção da unidade.

O número é maior do que o divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), que havia confirmado apenas um caso da doença neste ano no município.

Em todo o estado, conforme a secretaria, 13 casos de microcefalia haviam sido registrados até o dia 11 deste mês, número considerado dentro da normalidade. “Já tem um bom tempo que a gente não via tantas microcefalias juntas. Nos últimos dois meses, a gente viu seis casos”, informou Fabiane Irla Chavéz, diretora do hospital em Itabuna. A microcefalia é uma condição rara em que o bebê nasce com a circunferência da cabeça menor do que 33 cm.

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O Ministério da Saúde decretou situação de emergência em saúde por conta do aumento de casos da doença. A pasta já registrou 399 casos de microcefalia na região Nordeste, até a terça-feira (17). Porém, o ministério aponta apenas oito casos da doença na Bahia, número menor do que o divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde.

Relação com zika vírus

O Ministério da Saúde informou que os casos de contaminação por zika vírus registrados no primeiro semestre são a “principal hipótese” para explicar o aumento da ocorrência de microcefalia no Nordeste. A relação entre o zika vírus e a microcefalia ganhou força porque o micro-organismo foi identificado em duas gestantes da Paraíba. Elas apresentaram sintomas da infecção durante a gravidez e carregam bebês com microcefalia confirmada. Exames laboratoriais encontraram o vírus no líquido amniótico, que envolve o bebê na gestação. A Secretaria Estadual de Saúde da Bahia informou que está atenta à situação e realiza verificações regulares junto às maternidades, em virtude da incidência de zika virus e apura se os casos estão relacionados com a respectiva doença. Tv Santa Cruz.