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Algumas pessoas me questionaram a respeito do famigerado 13° salário dos vereadores, alguns alegavam ilegalidade, não o é, não é ilegal, está amparado pela Lei; mas será que não é imoral? Será que num momento tão difícil para os munícipes, no qual muitos estão passando dificuldades, este 13° não soa como afronta? Será que não é um soco no estômago de quem luta para conseguir, de sol a sol, um salário mínimo para manter uma família? Será que…? Preferi observar a leitura que cada edil fez do seu voto em benefício próprio, fico triste por ver que o umbigo fala mais alto que a dor de muitos; também observei a possibilidade de ter sido uma jogada de mestre do presidente quando insinuou que o dinheiro poderia ser revertido em benefício da população, certamente de maneira inteligente ele forçou seus pares a raciocinar com o cérebro e não com o bolso, infelizmente não surtiu efeito.

Se eu acho errado a escolha por mais um salário no bolso? Não; o que eu penso é que muito mais se poderia ter sido feito ao longo deste ano de 2017 pela Egrégia Casa de Leis em benefício da população, que muitos discursos inflamados os quais não levam a lugar algum e outros tantos melosos que conduzem a lugar nenhum poderiam dar lugar a apresentação de projetos, de leis, que beneficiassem à população, que as noites da sessão fossem para debater o bem estar do itororoense, falando da Saúde, Educação, Moradia, Lazer, Segurança e principalmente TRABALHO, como buscar fontes de emprego e renda. Mas, a Câmara contou com um aliado fortíssimo, nossa ausência, as escolas não foram induzidas a trazer seus alunos para uma aula de Educação, Moral e Civismo, não se arquitetou com as entidades representativas do município a participação ativa nas sessões; Onde estavam as igrejas Evangélicas, a igreja Católica, a Maçonaria, a Liga de Árbitros? Onde estão? Presos entre 4 paredes enquanto entre 4 paredes se fazem leis que depois de sancionadas não poderemos contestar.

O 13° dos vereadores não é ilegal, mas a moralidade passa muito ao longe e nós somos os responsáveis por isso. Não dou Parabéns aos que votaram contra, afinal, não sei se foi por consciência ou apenas uma bela jogada de marketing. Enfim, choram as rosas.

Wildeberg Rodrigues