Funcionários do comércio e moradores de Itaju de Colônia, cidade ao sul da Bahia, realizaram um protesto na manhã desta sexta-feira (24) para pedir providências legais para controlar a tensão instaurada pela ocupação dos índios nas fazendas da região. Depois da invasão, cerca de 52 estabelecimentos comerciais do município foram fechados. Membros da tribo Pataxó Hã-hã-hãe começaram a se abrigar nas propriedades rurais em janeiro deste ano. Desde então, estimativas da Fundação Nacional do Índio (Funai) indicam a ocupação de 45 fazendas em Itaju e outras três em Camacan. “Queremos que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue logo os processos para resolver este impasse porque a comunidade não pode viver em pânico. Os índios mandam recado para os moradores em tom de ameaça, dizendo para arrumar a casa que eles vão ocupar”, afirma a comerciante Carmem Lúcia Cardoso, secretária da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da cidade. Equipes da Polícia Federal (PF) foram enviadas na quinta-feira (23) para a área rural da cidade para realizar o mapeamento das invasões, de acordo com a delegada federal Denise Cavalcanti. Wilson Jesus de Souza, coordenador da Funai em Pau Brasil, cidade vizinha, e que coordena as negociações, disse que os índios pressionam a Funai por mais apoio e têm direito ao terreno. “Têm direito porque é uma área histórica”, explica. “O Supremo [Tribunal Federal] vem adiando o julgamento e acaba acirrando o embate”, completa. Com informações da TV Santa Cruz