microcefalia

No Estado da Bahia, desde outubro de 2015 até o dia 27 de fevereiro de 2016, foram notificados 817 casos de microcefalia com perímetro cefálico menor ou igual a 32 centímetros. Os casos foram notificados em 136 municípios, sendo que Salvador continua com o maior número de casos notificados (395).

 A Secretaria da Saúde do Estado, através da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep), informa que 214 casos já foram investigados com a realização de exames de imagem, sendo que desses, 136 foram confirmados e 78 foram descartados.

Foram notificados 24 óbitos, nos seguintes municípios: Alagoinhas ( 1); Barro Preto  (1); Camaçari (2);  Cravolândia ( 1);  Campo Formoso (1); Crisópolis (1) ;  Itabuna ( 1); Cruz das Almas  (1);  Itapetinga  (1); Eunápolis (1);  Olindina (1); Salvador ( 7); Tanhaçu (1); Senhor do Bonfim (1);   Esplanada (1); Feira de Santana (1) ;  Presidente Tancredo Neves  (1).

 Ações

Diversas ações de pesquisa e desenvolvimento tecnológico estão em curso pelo Governo da Bahia para combater o Aedes aegypti. Dentre elas, destaque para o teste rápido para dengue e chikungunya, o caça mosquito, mosquito transgênico, bacillus thuringiensis israelensis, wolbachia e repelente com nanotecnologia.

 1) Teste rápido de dengue e chikungunya

  • Iniciativa da Sesab: A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) fará aquisição de 200 mil testes rápidos para que seja possível identificar os casos de dengue e chikungunya e, por exclusão e exames clínicos, diagnosticar a zika, visto que até o momento não há teste em escala comercial.
  • Cenário: Foi desenvolvido um teste rápido, que associado a um smartphone com GPS, permite, simultaneamente, o georreferenciamento (Google Maps) dos casos, a fim de identificar rapidamente os surtos, bem como ter o resultado em apenas 20 minutos, o que antes demorava até 60 dias. Esta foi uma ação inédita no país e os primeiros municípios a dispor do teste rápido foram Feira de Santana, Riachão do Jacuípe e Ribeira do Pombal. 
  • Estágio: novo processo de aquisição de 200 mil testes rápidos para todo o estado.

 2) Caça Mosquito

  • Iniciativa da Sesab: O aplicativo foi lançado em de janeiro de 2016 para a plataforma Android e IOS.
  • Como funciona: Qualquer pessoa poderá informar os locais de possível foco do mosquito. Utilização de GPS para georreferenciamento. As informações enviadas pelo aplicativo para a Sesab serão encaminhadas para os órgãos municipais para que as medidas cabíveis sejam realizadas, a exemplo do envio de agentes de endemias e utilização do fumacê.
  • Estágio: Mais de 10 mil downloads | Cerca de 30 mil notificações, sendo 10 mil da capital baiana.
  • Links: Google Play (https://goo.gl/U4wuEU) iOS (https://goo.gl/yzYuU5).

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  3) Mosquito Transgênico

  • Iniciativa da Sesab: ampliação da produção, pois temos a convicção de que estratégias alternativas de combate ao mosquito devem ser estimuladas, pois ele se tornou a principal ameaça à saúde pública do país, visto que é vetor de transmissão da dengue, chikungunya e zika.
  • Cenário: a Fábrica (Moscamed) está instalada no município de Juazeiro e os testes são realizados em Jacobina.
  • Como funciona: a iniciativa busca que as fêmeas do Aedes silvestre, ao cruzar com os transgênicos machos, gerem mosquitos estéreis ou que morram antes de chegar à fase adulta. Dados preliminares apontam para a redução de até 80% no número de ovos e mosquitos selvagens, nas localidades onde houve a liberação do mosquito transgênico.
  • Capacidade: Atualmente a fábrica tem a capacidade de produzir de 4 a 5 milhões de mosquitos por semana, o que é suficiente para controlar uma área de até 100 mil habitantes.
  • Investimento atual: R$ 1,2 milhão/ano por parte da Sesab.

  4) Bacillus thuringiensis israelensis 

  • Iniciativa da Sesab: analisar a exequidade, segurança e eficácia em escala comercial do Bacillus thuringiensis no combate ao Aedes.
  • Como funciona: esse bacilo infecta as larvas do mosquito Aedes e o mata. Atualmente é utilizado em estratégias de controle de pragas na pulverização de lavouras.
  • Estágio: A Sesab tem se reunido com especialistas e analisando pesquisas a fim de avaliar a sua aplicação. Antes, porém, passará por criteriosa análise de biossegurança, visto que a estratégia prevê a disseminação pela rede de água.

  5) Wolbachia

  • Iniciativa da Sesab: analisar os resultados no Rio de Janeiro e replicar a experiência na Bahia.
  • Experiência no estado do Rio de Janeiro: após um ano de testes com mosquitos da dengue modificados em laboratório, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ampliou a área de atuação do projeto no Rio de Janeiro. O bairro de Jurujuba, em Niterói, região metropolitana, tem recebido desde agosto milhares de ovos do Aedes aegypti infectados com a bactéria Wolbachia, encontrada no meio ambiente e capaz de impedir a transmissão da dengue pelo mosquito. A experiência faz parte do projeto “Eliminar a Dengue: Desafio Brasil”, que começou há cerca de um ano no bairro de Tubiacanga, na Ilha do Governador, zona norte da cidade. Neste bairro moram 3 mil pessoas. Neste projeto foram liberados durante quatro meses, aproximadamente 10 mil mosquitos modificados com a bactéria. A Wolbachia está presente em cerca de 60% dos insetos no mundo, incluindo diversas espécies de mosquitos, como o pernilongo, e não apresenta risco para a saúde humana ou para o ambiente. É uma bactéria intracelular, transmitida de mãe para filho no processo de reprodução dos mosquitos e não durante a picada do Aedes em ser humano. A pesquisa com a bactéria também está sendo desenvolvida no Vietnã e na Indonésia.

6) Repelente com Nanotecnologia

  • Iniciativa da Sesab: análise da molécula de repelente (IR3535) aprisionada em uma nanopartícula.
  • Como funciona: pode ser diluída em tinta para a pintura de casas, com efeito residual de até 4 anos, ou mesmo na lavagens de roupas, possibilitando proteção por até 100 lavagens.
  • Estágio: negociação comercial

Quanto ao atendimento inicial dos pacientes, a porta de entrada são os municípios e estes são os responsáveis pela contratação de profissionais para atuarem na atenção básica. Somente em casos mais graves e que necessitam de internação é que chegam até os nossos hospitais.

Ascom/Sesab